terça-feira, 3 de agosto de 2010

A Inutilidade dos Chefes

É tão fixe estar de férias! Eu não estou; o meu chefe é que vai hoje de férias. O que para mim é quase como se eu também fosse. Os chefes, as chefes, homens ou mulheres, são insuportáveis. Eles não percebem que a gente trabalha melhor sem eles! Colam, " pegam no nosso pé", chatos e aborrecidos, e ainda por cima quando fazem uma graça um tipo sente-se quase na obrigação de sorrir. Aquele sorriso amarelo... São uma espécie deveras peculiar. Seria do interesse público, penso, apresentar um casal do exemplar no Zoológico, ao lado de animais tão singulares como o Panda, por exemplo; como bonito seria de se ver, aposto, as parvoíces que a dita parelha seria capaz de perpretar apenas para chamar a atenção. Entre as suas grandes potencialidades está a de palrar como os papagaios, mas com uma tal perfeição que chegamos a pensar que se trata de uma voz humana; e a forma como se pavoneiam depois de fazerem uma habilidade é algo singular. Que lindos que eles são! Por norma, num gesto de autoridade, fazem peito e empinam o rabo. Oh, quanto não dariam algumas aves raras( já não tão raras quanto isso), por um rabinho daqueles! Ao léu, entenda-se. Quatro palmadas, um fiozinho de vaselina, um pau de marmeleiro à maneira e o circo estava montado para regozijo da populaça.

P.S. Não tenho nada contra as chefias para além da sua perfeita inutilidade. Aliás, alguns desses rabinhos até são bem do meu agrado. Por favor, tratem-nos com o devido carinho. De manhã, massagem-nos e acariciem-nos depois de um banho quente; à tarde passem um creme hidratante e polvilhem com um pouco de pimenta; à noite dêem-lhes o devido trato, cada um a seu gosto. O mais importante é a preservação da espécie

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