sábado, 31 de julho de 2010

Sonhos de criança- #2


"O meu sonho de criança era ser bailarina."


E você, qual era o seu sonho de criança?

*Envie a sua foto juntamente com o nome e o seu sonho de criança para ricardoalex_78@hotmail.com

A despenalização do Aborto

Perguntaram-me há dias o que tinha achado do resultado do referendo a favor da despenalização do aborto. Não respondi na altura, ou disse que me era completamente indiferente; nem recordo bem a minha resposta, e para ser franco, nem sequer me dignei exercer o meu direito de eleitor. Fiz mal, eu sei. Devemos votar, exercer esse direito que nos assiste... mas, não me sentia bem comigo mesmo. " À minha custa quantos abortos já não se concretizaram!", pensava; e não fui. Seria hipocrisia da minha parte. É assim que eu penso. Quanto ao resultado, anima-me concerteza; faz-me sentir menos pecador cada vez que vou ao W.C. e faço aquelas merdas que os homens fazem, ou cada vez que depois do coito saco da camisinha.
-" Podias ser o Luisinho ou a Margarida... mas não vais ser. Ìas ser tão lindo! Tou mesmo a imaginar-te... olhos da mãe, cabelo do pai... Tinhas tudo para ser um bébé lindo... É pena!"
Pensava assim antes da legalização do aborto. Agora não. Agora é como se espremesse uma borbulha.
-" Ahhh! Já está! Porcaria!"
A sério, penso que estamos no caminho certo: cada vez pecamos menos. E quanto à cena das píveas lavo as minhas mãos. A culpa é inteiramente delas. Não é que um gajo não quisesse f........!

Máximas- Pedestres


As faixas dos pedestres têm uma particularidade interessante: nunca em tão pouco espaço morreu tanta gente.



sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ministerial

Este texto não tendo a pretensão de se equiparar aos textos de "Conversa da Treta", foi escrito a pensar em actores como José Pedro Gomes e António Feio. A morte deste último faz com que lhe preste esta singela homenagem.

Ministerial

Tone- Ai, pá, tou preocupado.

Quim- Então, com o quê?

Tone- Eh, pá, sei lá. Apetece-me preocupar-me. Homem que é homem tem de ter preocupações. O aumento do défice, por exemplo, é uma preocupação que eu tenho.

Quim- Os défices tão sempre a aumentar, tão. Andam praí tantos!

Tone- A minha mulher é que pensa que eu sou parvo, que não percebo nada destas coisas de economia... Sei muito bem que quanto mais gasto mais teso fico.

Quim- E um gajo depois de entesar...

Tone- Eu fico triste, pá. Quando enteso fico triste como a noite. E a culpa é da minha mulher. A maior parte das vezes é por culpa dela que enteso.

Quim- (à parte); Eu também fico meio teso.

Tone- Como?!

Quim- Como o quê?

Tone- O quê?

Quim- O quê?

Tone- O quê, o quê?

Quim- Ahn?

Tone- Ahn, o quê?

Quim- Sei lá.

Pausa.

Tone- Já viste essa coisa da camada de ozono?

Quim- Não, pá. Por cima de nós tem mesmo um buraco enorme.

Tone- (olhando para cima); É mesmo; nunca tinha reflectido nesse caralho. Eu via nos telejornais, na rádio, todo o mundo a falar do buraco do ozono e pensava cá para mim: "Onde caralho está esse ozono?" Agora entendi.

Quim- Eu já pensei era se não dava para remendar essa merda. Arranjava-se aí umas costureiras... A mão de obra é barata e tudo, pá. Ficava por uma pechincha.

Tone- Inteligente, Quim! As coisas que tu tiras dessa cabeça!

Quim- Isso era como quem remendava umas calças. Então tá farto de fechar confecções, até se empregava algumas pessoas.

Tone- Tás a ver, Quim, já estás a criar emprego. Pá, tu davas um bom ministro.

Quim- Sério?!

Tone- Então não davas! Tu tens ideias... Tens caneta?

Quim- Tenho.

Tone- É só assinar despachos e essas merdas.

Quim- Assim tão fácil?

Tone- Foda-se, ò Quim, que é que tu querias que eles fizessem mais? Os gajos já matam a cabeça a trabalhar, Quim.

Quim- E não é preciso ter estudos?

Tone- Estudos pra quê, Quim? Estudos pra quê? Sabes escrever o teu nome?

Quim- Sei.

Tone- É o suficiente. É por isso que eu sou contra a escola. Um gajo mata a cabeça anos e anos com tabuadas, fracções, equações, fórmulas químicas e do que é que precisa? De saber escrever o nome. Basta saber escrever o nome que um gajo já se sente mais homem.

Quim- Eu quando aprendi a assinar com a emoção fodi os cadernos todos lá em casa.

Tone- É uma sensação boa, é. Um gajo pega na caneta e zau.

Quim- Já assinaste muitas vezes?

Tone- O quê?! Se eu já assinei muitas vezes?! Eu tou sempre a assinar. A minha mulher sabe-o bem. Todos dias lá vai uma rubrica.

Quim- Todos dias?!

Tone- Que foi? Ficaste admirado? Um gajo tem de treinar. Eu tenho orgulho na minha
assinatura.
Quim- E isso de ser ministro?

Tone- O que é que tem?

Quim- O que é que tenho de fazer para ser ministro?

Tone- Nada, Quim, nada. Quanto menos fizeres melhor, Quim. Os ministros não fazem nada, Quim. Eles pensam as coisas, Quim. Só tens de reflectir. Mais nada, Quim. Pensavas o quê? Que ias pegar em pesos ou acarretar baldes de massa? Um ministro tem de pensar, Quim. Eu sei que é um trabalho duro e mal pago, mas é compensador representar o país, catano.

Quim- E ouvir o hino no relvado deve ser emocionante.

Tone- No relvado?

Quim- Como os jogadores de futebol.

Tone- Mas um ministro não trabalha nos relvados.

Quim- Nem o do desporto?

Tone- Nem o do desporto.

Quim- Deve ser mesmo aborrecido ser ministro.

Tone- Falas do tempo. Nada é mais relaxante que falar do tempo. " Olá, como está? Tá frio hoje, não é? Às vezes faz frio." É a conversa mais frequente entre os ministros. Então quando se encontram com os de outros países, da Inglaterra, por exemplo, é assim: "Hello! How are you? It´s cold, ah?" Com o da França dizem: "Il fait froid", e abanam a cabeça. Sim, sim, yes, yes, oui, oui...

Quim- Que chatice de trabalho, Tone!

Tone- É o que se pode arranjar, Quim. Com tanto desemprego querias o quê? Trabalhar nas minas? Não falta quem queira trabalhar à sombra, pá. São trinta cães a um osso. Isso são empregos pros filhos de fulano tal, sobrinhos de cicranos; gente com um quociente de conhecimentos acima da média.

Quim- Por falar em quociente, nunca entendi muito bem essa porra de quociente de inteligência, Tone.

Tone- E tás à espera que eu te explique? Tás à espera que eu te explique?

Quim- Se pudesses...

Tone- Pois muito bem...

António Feio


Faleceu um dos grandes vultos do teatro em Portugal. Alguém que tanto divertiu os portugueses com a sua arte para fazer comédia. Aos 55 anos deixa assim o convívio dos mortais, depois de uma luta terrível contra um cancro no pâncreas. Infelizmente não aconteceu como ele falava. Não foi ele que matou o bicho, mas sim o bicho a ele. Contudo, na nossa memória ficarão para sempre espectáculos tão arrebatadores como a "Conversa da Treta."
António Feio, até sempre!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A supressão dos adjectivos

Oh, meu deus, meu deus! Como me aborrece esta merda de todos os dias ter de prestar provas do meu valor. Ora tens que mostrar que és bom no trabalho, em casa, na cama; seja no que for. E as comparações então, quanto não me custa suportá-las! Porque é que nós, humanos de uma figa, nos propomos sempre comparar o que conhecemos?
-" Ei, que putas de mamas! Fonha-se! São bem melhores do que as da F..."; -" Ei, que gaja linda!...
-" O quê? A R...? Tu és maluco. Coitada. À beira da F... é feia como um bode!"
Não vos maça esta merda? Por mais bonito que um tipo seja haverá sempre alguém no mundo que o ache feio, e pior do que isso, " feio como um bode." Por isso que cá para mim os adjectivos são uma merda. " Preguiçoso, eu? Não, tenho é o meu próprio ritmo de trabalho."
Devo concordar, no entanto, que esta merda das comparações, a nós homens, até trouxe algum proveito.
-" Oh, já viste a Filomena? Olha para o peito dela. Gostava de ter um peito assim.”
-" Assim como?”
-" Empinado! Não vês?”
E vai daí, pimba, as tipas metem silicone e regalam-nos os olhinhos. Contudo, isso por si só não justifica os dias e dias que passamos sobre constante avaliação;

-" E então, como é que foi? Conta, conta!”
-" Foi... foi bom... mas..."
-" Mas o quê?”
-" Não sei... acho que com o Manel era melhor."
Estão bem a ver! As tipas são assim. Por esses e muitos outros motivos, pá, devíamos banir os adjectivos e as merdas das comparações e classificações, e esse caralho todo;
-" Ah, eu tirei um quinze a português!"
-" Oh, grande coisa! O primo do tio da prima da minha mãe passou com vinte, A TUDO!!!"
Ah!Ah! É este o mundo em que vivemos. Eu, por exemplo, neste momento, entre uma tecla e outra lá vou dando uma examinadela aos tomates, e impressão minha ou não o esquerdo bem me parece maior que o outro.

P.S. Mesmo que se adoptasse esta medida de supressão dos adjectivos não seria concerteza do agrado de toda a gente. Os que nasceram filhos da puta provavelmente continuariam a sê-lo.





Sonhos de criança- #1


" Quando era criança queria ser muita coisa. Mas, principalmente, professora, desenhista e escritora de novelas. (risos)








*Envie para ricardoalex_78@hotmail.com a sua foto, juntamente com o seu nome e o seu sonho de criança.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Máximas- Sorvetes

Os sorvetes são maravilhosamente bons e acabam tristemente rápido. Para piorar as coisas ainda derretem.

Curiosidades- A lata falante

Uma lata falante! Oh! Espantados? Eu também. Até onde vai a ciência? Meu deus, meu deus, chego até a temer onde é que isto vai parar. Sim, estou a falar das latas da Skol. Impressionante! Capazes até de assustarem os mais desprevenidos.
Eu, durante muitos dias, sentei-me sossegado a beber a minha cerveja, olhava aquela publicidade escrita na lata e pensava... Sabem o que eu pensava? "Gozação, só pode... Lata, lá fala! Esses publicitários tentam mesmo fazer a gente de estúpido."
Mas hoje, consultei o dr.googoo, perguntei dessa merda e o que foi que ele me disse? Que eu tinha julgado erradamente essa trupe de publicitários da Skol, e que a lata, a mesma que eu tantas vezes olhei desconfiado, afinal sempre fala. Nem todas. Mas algumas sim. Cento e cinquenta mil distribuídas ao acaso. Agora torço para que eu mesmo encontre uma. Embora já não haja motivo nenhum para torcida.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sacanagem

Não sei porque diabo alguém se predispõe a levar um animal para casa e no fim apenas acaba o maltratando. Falta de consciência, de respeito pela vida? Sei lá. Sei é que essas pessoas não tomam consciência que ao tomarem conta de um animal, estão a responsabilizar-se entre outras coisas pela sua educação. Quem leva animais para casa não lhes deve negar o carinho e a atenção que eles merecem.
Por isso, se não está preparado para ser "pai" não leve nenhuma dessas crianças para casa.

As imagens que se seguem podem ferir os mais sensíveis.












Se conhece algum caso de animais maltratados ligue:(21) 3297-8777. Você estará então em contato com a Suipa (Sociedade União Internacional Protetora dos Animais). Essa sociedade oferece abrigo a animais abandonados e trata do seu tratamento médico, além de tratar de uma possível adoção.

Não fique calado! Denuncie!